Segundo o mais recente DSM-5, o autismo é descrito como um distúrbio de desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, interação social e comportamento.

As pessoas dentro do espectro do autismo podem ter uma ampla gama de habilidades e desafios, variando desde dificuldades na comunicação verbal e não-verbal até padrões de comportamento repetitivos e interesses intensos em áreas específicas. É uma condição complexa e diversificada, que pode afetar cada indivíduo de maneira única. Essas pessoas podem apresentar sensibilidades sensoriais, como aversão a certos sons em volumes moderados.

Por outro lado, indivíduos com deficiência auditiva podem enfrentar desafios na comunicação devido à falta de audição, resultando em dificuldades para responder a chamados e, em casos mais graves, para desenvolver habilidades linguísticas e verbais.

Esses desafios podem, de certa forma, assemelhar-se a comportamentos observados em pessoas com autismo, embora não haja uma conexão direta entre essas condições, apesar de poderem coexistir em um mesmo indivíduo.

Dificuldades na comunicação verbal são frequentemente um dos primeiros sinais percebidos por cuidadores, indicando um possível atraso no desenvolvimento infantil. É crucial, portanto, realizar avaliações auditivas precoces, especialmente em crianças com atrasos na fala e suspeita de autismo, para um diagnóstico adequado.

Mesmo em crianças com audição normal, a falta de resposta a estímulos sonoros e à própria voz pode gerar confusão, podendo ser interpretada como deficiência auditiva.

Portanto, a avaliação audiológica é fundamental, principalmente nos primeiros anos de vida, para diferenciar possíveis condições.

Uma vez diagnosticada a perda auditiva, várias opções de tratamento estão disponíveis, incluindo o uso de aparelhos auditivos e, em alguns casos, implantes cocleares. Terapia fonoaudiológica e intervenções multidisciplinares também podem ser necessárias para um desenvolvimento adequado. Em casos onde o autismo e a deficiência auditiva coexistem, uma abordagem diagnóstica completa é essencial para otimizar o tratamento e promover o melhor resultado para o indivíduo.

Juntos, podemos criar um ambiente mais inclusivo e acolhedor para todas as pessoas, celebrando as nossas diferenças e promovendo o entendimento mútuo.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica pelo Cediau e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia
CRFa 2-5488
Título de Especialista em Audiologia pelo CFFa 2079-03


Nos últimos anos, testemunhamos avanços tecnológicos que revolucionaram muitos aspectos de nossas vidas, e os aparelhos auditivos não são exceção. Com a crescente demanda por soluções auditivas mais eficientes e convenientes, os aparelhos auditivos recarregáveis emergiram como uma resposta inovadora às necessidades dos usuários.

Além disso, a miniaturização dos componentes eletrônicos permitiu o desenvolvimento de aparelhos auditivos cada vez menores e mais discretos, atendendo às necessidades estéticas e funcionais dos usuários.
Os avanços tecnológicos estão transformando a maneira como vivemos e também estão revolucionando o campo da audiologia. Aqui estão algumas tendências promissoras que moldarão o futuro dos Aparelhos Auditivos:

Conectividade Total: A conectividade Bluetooth e sem fio está permitindo que os aparelhos auditivos se integrem perfeitamente a dispositivos eletrônicos, como smartphones, TVs e assistentes virtuais, proporcionando uma experiência auditiva totalmente personalizada e imersiva.

Qualidade Sonora Aperfeiçoada: Com o uso de algoritmos avançados, os aparelhos auditivos do futuro oferecerão uma qualidade sonora excepcional, adaptando-se de forma inteligente a diferentes ambientes sonoros e às necessidades individuais de cada usuário.

Miniaturização e Discrição: A tecnologia está permitindo que os aparelhos auditivos se tornem cada vez menores e mais discretos, oferecendo conforto e estética aos usuários, sem comprometer a qualidade do som.

Inteligência Artificial: A integração de inteligência artificial nos aparelhos auditivos permitirá uma adaptação mais rápida e precisa às necessidades auditivas de cada pessoa, além de oferecer recursos avançados, como tradução em tempo real e reconhecimento de fala.

Na nossa clínica de audiologia, estamos comprometidos em trazer as mais recentes inovações para oferecer a você uma audição excepcional. Agende uma consulta conosco e descubra como o futuro dos Aparelhos Auditivos pode transformar sua vida auditiva.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica pelo Cediau e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia
CRFa 2-5488
Título de Especialista em Audiologia pelo CFFa 2079-03

A tecnologia por trás dos aparelhos auditivos recarregáveis avançou significativamente nos últimos anos, proporcionando aos usuários uma experiência auditiva mais natural e personalizada.

Recursos como cancelamento de ruído, conectividade Bluetooth e ajustes automáticos baseados no ambiente estão se tornando padrão em muitos modelos, oferecendo uma qualidade sonora superior e maior conforto em uma variedade de situações auditivas.

Desde os primeiros registros de dispositivos auditivos no século XVIII até os avanços revolucionários dos dias de hoje, a tecnologia auditiva percorreu um longo caminho para oferecer soluções cada vez mais eficazes e personalizadas para quem enfrenta desafios de audição.

Século XVIII: Os primeiros dispositivos auditivos eram rudimentares e consistiam em cornetas acústicas, que amplificavam o som para pessoas com perda auditiva.

Século XIX: Com o desenvolvimento da eletricidade, surgiram os primeiros aparelhos auditivos elétricos, que utilizavam microfones e amplificadores para melhorar a audição.

Século XX: A introdução de válvulas eletrônicas permitiu o desenvolvimento de aparelhos auditivos menores e mais portáteis. Foi também nessa época que surgiram os primeiros aparelhos auditivos transistorizados, proporcionando melhor qualidade de som e conforto para os usuários.

Século XXI: Com os avanços da tecnologia digital, os aparelhos auditivos se tornaram cada vez mais sofisticados, oferecendo recursos como cancelamento de ruído, conectividade Bluetooth e ajustes personalizados através de aplicativos móveis.

Hoje, estamos na vanguarda da Evolução da Tecnologia Auditiva, oferecendo as soluções mais avançadas e personalizadas para atender às necessidades individuais de cada pessoa.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica pelo Cediau e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia
CRFa 2-5488
Título de Especialista em Audiologia pelo CFFa 2079-03

De acordo com as projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimado que até o ano 2050, aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas – correspondendo a uma em cada quatro pessoas – experimentarão algum nível de deficiência auditiva.

Sim, a deterioração da audição emerge como uma preocupação de saúde pública, que impacta um número crescente de indivíduos globalmente. Antes, o que era majoritariamente uma questão que afligia os idosos há alguns anos, agora, devido à prolongada exposição ao ruído, especialmente em ambientes urbanos, a faixa etária afetada está se reduzindo.

Mesmo com essas considerações, apenas cerca de 39% das pessoas buscam aprimorar sua capacidade auditiva por meio do uso de dispositivos, de acordo com estatísticas fornecidas pela Associação Nacional de Profissionais de Saúde Auditiva de Espanha (ANA).

Pessoas com perda auditiva e que usam aparelhos auditivos regularmente têm um risco de mortalidade 25% menor do que os que não usam, pois esses dispositivos podem desempenhar um papel protetor na saúde e prevenir mortes prematuras, isolamento social e depressão.

Fonte: Folha de São Paulo

O Dia Mundial da Audição é realizado em 3 de março de cada ano, com o propósito de aumentar a conscientização da população, sobre a necessidade de prevenir a surdez e detectar precocemente a perda auditiva, além de promover ações com orientações sobre cuidados auditivos em todo o mundo.
A cada ano, a OMS decide o tema. Esse ano o tema é:

“Cuidados Auditivos para todos: Triagem, Reabilitação, Comunicação.”

A audição é essencial e deve ser encarado como uma questão de saúde pública e privada.

A quantidade de pessoas que vivem com perda auditiva e doenças de ouvido, sem diagnóstico e cuidados primários é muito preocupante.
A OMS vem alertando sobre esse problema já ha alguns anos, que já afeta cerca de 360 milhões de indivíduos no mundo.

A surdez saltou do 11º lugar, em 2005, para 4º em 2020, entre as 347 doenças incapacitantes que a OMS relaciona com “anos de vida perdidos por incapacidade”

Ações preventivas e de orientação são necessárias para detecção e intervenção precoces, com o propósito de diagnosticar e tratar da perda auditiva, o quanto antes, em qualquer idade e ao longo da vida.

“Ações Preventivas Solidárias e Programas de Incentivo à Estimulação Auditiva”

Investir em programas de intervenções com triagem e incentivar a estimulação precoce, é parte de nossa missão, porque sabemos que ações desse tipo irão beneficiar muitas pessoas com perda auditiva. Seja de grau mínimo, leve ou mesmo moderado e severo, à reabilitação auditiva é possível, trazendo ganhos para cada indivíduo e sua família, além de representar uma economia em recursos financeiros para a sociedade.
Nós integramos ações desse tipo ao nosso atendimento, disponibilizando triagem auditiva e diversos programas de incentivo à estimulação auditivas, com o atendimento sempre centrado no paciente.

Zelamos pela boa audição e comunicação, em todas as fases da vida.

E sempre bom frisar:
A perda auditiva (e doenças auditivas relacionadas) pode ser evitada, por meio de ações preventivas, tais como: proteção contra sons altos; boas práticas de cuidado do ouvido e imunização.
A perda auditiva (e doenças auditivas relacionadas), pode ser tratada rapidamente, quando é identificada em tempo hábil.
Pessoas com risco de perda auditiva devem checar sua audição regularmente, procurando atendimento de um profissional Fonoaudiologo.

Esperamos que o Dia Mundial da Audição de 2021, seja um alerta com grande apelo à ações preventivas e de incentivo à Estimulação auditiva..
Todos os setores de saúde podem demonstrar sua capacidade de orientação, incentivando as pessoas a cuidarem de sua saúde auditiva.

Se desejar receber atualizações e informações audição, agendar uma triagem auditiva, reabilitação e comunicado e sobre o Dia Mundial da Audição, você pode cadastrar-se em nosso site e ter acesso aos textos técnicos e e-books sobre auditiva, zumbido e auditiva na infância.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

A Comissão Lancet lista 12 fatores de risco para demência, considerando a perda auditiva não tratada, como o maior fator de risco individual.
A Comissão Lancet menciona uma lista de 12 fatores de risco para demência, no relatório sobre prevenção, intervenção e cuidados com a demência, de 2020 (um atualização do relatório de 2017, em que a comissão listou nove fatores de risco para demência).

Os nove fatores de risco originais do relatório de 2017 são: menos educação, hipertensão arterial, perda auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, inatividade física, diabetes e baixo contato social (isolamento social).

No relatório atualizado três novos fatores de risco foram incluídos: consumo excessivo de álcool, lesão cerebral traumática (TBI) e poluição do ar.
De acordo com a Comissão Lancet, os 12 fatores de risco podem explicar 40% dos casos de demência. Todos os 12 fatores de risco são potencialmente modificáveis, ou seja, tornam a demência passível de prevenção. Por exemplo a perda auditiva pode ser tratada com aparelhos auditivos e implantes auditivos. Para 60% dos casos de demência, o risco ainda é desconhecido.

Perda de audição

No relatório, a perda auditiva não tratada é responsável por 8%, o que representa um quinto, do fator de risco total de 40%. No relatório de 2017, a perda auditiva foi responsável por 9%. Com a adição de três novos fatores de risco, reduziu-se a participação da perda auditiva em 1%. No entanto, a perda auditiva ainda é considerada o maior fator de risco individual.
Nele, a Comissão Lancet menciona ainda que o uso de aparelhos auditivos parece reduzir o risco excessivo de perda auditiva. Portanto, a comissão incentiva o uso de aparelhos auditivos para a perda auditiva e para reduzir os riscos de quadros de demência.

Veja abaixo os 12 fatores de risco elencados pela Comissão para a demência são:
* Perda auditiva: 8%
* Menos educação: 7%
* Fumar: 5%
* Depressão: 4%
* Isolamento social: 4%
* Lesão cerebral traumática (TBI): 3%
* Inatividade física: 2%
* Hipertensão: 2%
* Poluição do ar: 2%
* Obesidade: 1%
* Diabetes: 1%
* Álcool: 1%
* No total: 40%

O relatório, “Prevenção, intervenção e cuidados com a demência: relatório de 2020 da Comissão Lancet”, foi publicado no The Lancet e pode ser encontrado aqui.

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30367-6/fulltext

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

O que é perda auditiva e quais os tipos?

A perda auditiva ocorre por um impedimento na capacidade de detectar a energia sonora. O impedimento pode ser decorrente de lesões em qualquer uma das partes do sistema

O que é perda auditiva e quais os tipos?A perda auditiva ocorre por um impedimento na capacidade de detectar a energia sonora. O impedimento pode ser decorrente de lesões em qualquer uma das partes do sistema auditivo.
Pode ter início na vida gestacional ou durante o nascimento (congênita) ou, ainda, acontecer após o nascimento (adquirida), com origem hereditária ou não.

Tipos de Perda Auditiva



Em função do local da lesão pode ser classificada como perda auditiva condutiva (quando afeta orelha externa e/ou média), perda auditiva neurosenssorial (quando afeta a orelha interna e/ou o nervo vestíbulo-coclear) e perda auditiva central (quando afeta o tronco cerebral e o cérebro).

Perda auditiva condutiva
Ocorre quando há alguma lesão que acomete a orelha externa ou na orelha média, ou alguma delas não funciona apropriadamente, impedindo que as ondas sonoras sejam conduzidas à orelha interna.
Há alguns fatores que ocasionam dificuldade ou impedimento da transmissão do som da orelha externa até a orelha interna, tais como o acúmulo de cerume, perfuração na membrana timpânico, presença de corpo estranho ou alterações anatômicas no meato acústico externo, otites externas ou otites médias, entre outros fatores podem ser causas de uma perda condutiva.
A perda auditiva condutiva pode ser temporária ou permanente, necessitando de atendimento do médico otorrinolaringologista para avaliar, diagnosticar e indicar a melhor conduta e tratamento. Em caso de disfunção temporária, é possível tratar a perda auditiva condutiva com cirurgia e/ou medicação.

Causas comuns de perda auditiva condutiva:

  • Lesões na orelha externa
  • Bloqueio do canal auditivo devido a cerúmen ou corpos estranhos.
  • Otites externas ou médias, geralmente com supuração;
  • Perfuração na membrana timpânica;
  • Malformações congênitas ( Agenesias ou Atresias, Síndrome de Down, Síndrome de Franceschetti ou Treacher-Collins ou Acondroplasia.

Perda auditiva neurossensorial
A perda auditiva neurossensorial origina-se na orelha interna ou ao longo das vias auditivas nervosas. Geralmente por uma lesão situada na cóclea. Nesse caso, as células ciliadas da cóclea são danificadas e não conseguem mais transmitir impulsos elétricos ao cérebro. A perda auditiva neurossensorial pode ser de origem congênita (no nascimento) ou adquirida logo após o nascimento, ou, ainda ocorrer em qualquer fase da vida.
No decorrer da nossa vida, haverá uma natural perda de parte dessas células ciliadas, o que deixa a nossa audição mais fragilizada, ocasionando a perda auditiva denominado presbiacusia.
Entretanto, não é apenas a idade que desencadeia a perda auditiva sensorioneural, outros fatores também podem agredir as células ciliares, tais como exposição a sons intensos ou pelo uso de fones de ouvidos com música alta por longos períodos de tempo. Doenças como a caxumba, meningite, doença de Ménière, uso constante de alguns medicamentos ototóxicas e fatores genéticos, podem também desencadear a perda auditiva.
Nas gestantes algumas doenças infecciosas, como a rubéola, a toxoplasmose, zika vírus por exemplo, também podem ocasionar perda auditiva no bebê, ainda na gestação.
Esse tipo de perda auditiva não tem cura. Entretanto, pode ser indicado o uso de aparelhos auditivos, próteses implantáveis ou implantes cocleares precocemente como uma excelente forma de reabilitação auditiva.
A perda auditiva neurossensorial é um dos tipos mais frequentes de deficiências auditivas.

Causas congênitas mais comuns:

  • Fatores genéticos e/ou hereditários
  • Infecções virais
  • Prematuridade e Baixo Peso
  • Intercorrências perinatais Anóxia ou Hipóxia

Causas adquiridas mais comuns incluem:

  • Uso de medicamentos ototóxicos (danos ao sistema auditivo)
  • Exposição a ruído excessivo
  • Presbiacusia
  • Infecções no ouvido
  • Meningite
  • Encefalite
  • Caxumba
  • Dano cerebral

Esse tipo de perda auditiva interfere significativamente no reconhecimento de fala, sobretudo quando acometem frequências importantes para o reconhecimento de fala e excedem valores entre 80 e 90 decibels.
Nesses casos é necessário que o Fonoaudiólogo e o Médico Otorrinolaringologista avaliem adequadamente o quadro audiologico e sua etiologia e definam juntos qual a melhor forma de intervenção para a reabilitação auditiva. Podem ser indicados o uso de aparelhos auditivos, próteses implantáveis ou o implantes cocleares (IC).
O implante coclear, pode ser muitas vezes a melhor opção para perdas auditivas neurossensoriais, pois processa os sons e os transforma diretamente em impulsos elétricos. Os impulsos elétricos estimulam diretamente o nervo auditivo. No entanto, para que o cérebro interprete os sons corretamente, o paciente precisa ter experiências auditivas prévias ou colocar o implante coclear precocemente, nos primeiros anos de vida. É importante que a reabilitação auditiva também seja precoce, para que seja realizado o treinamento auditivo, a estimulação cognitiva e de fala e linguagem. O suporte fonoaudiológico frequente e contínuo é fundamental para uma boa reabilitação auditiva.

Perda auditiva mista

Como o próprio nome diz é uma combinação dos dois tipos de perdas auditivas acima citadas, que são a perda auditiva condutiva e a perda auditiva neurossensorial.
As causas também estão relacionadas às perdas auditivas condutivas ou neurossensorial. Esse tipo de perda acomete a orelha interna e externa ou orelha média.
O tratamento varia de acordo com a origem e grau do problema, podendo ser medicamentoso, cirúrgico ou com uso de aparelhos auditivos, próteses ou implantes cocleares.
Quando as medidas dos limiares auditivos por condução aérea e condição óssea são superiores a 20 decibels e a diferença entre elas ultrapassa 15 decibels, chamamos de perda auditiva mista.
Este tipo de perda auditiva é tratado de acordo com a severidade e estruturas anatômicas acometidas.

Perda Auditiva Neural

Esse tipo de perda auditiva atinge especificamente o nervo acústico e interfere significativamente na compreensão das informações sonoras, sobretudo na inteligibilidade de fala. É decorrente de uma alteração no mecanismo do processamento de informações no tronco cerebral, envolvendo o Sistema Nervoso Auditivo Central. Além de irreversível, a reabilitação com uso de aparelhos auditivos e implantes cocleares podem ter um benefício limitado, em virtude da lesão neural, que impede com que as informações sonoras sejam transmitidas adequadamente até as regiões corticais (do cérebro) responsáveis pela decodificação dos sons.

Perda Auditiva Unilateral ou Bilateral
A perda auditiva pode acometer apenas uma das orelhas ou ambas. Se você tiver perda auditiva só em um ouvido, será chamada perda auditiva unilateral. Nesses casos há prejuízos na localização sonora, podendo ou não afetar o equilíbrio e interferir negativamente na compreensão de fala no ruído.
E se tiver a perda auditiva em ambos os ouvidos , será denominado de perda auditiva bilateral. Nesses casos há prejuízo importante na percepção dos sons e compreensão da fala, sobretudo em situações desafiadoras, com ruído ambiental.

Perda Auditiva Temporária ou permanente
Você pode ter perda auditiva temporária ou perda auditiva permanente. A perda auditiva temporária é também denominava de altercação temporária de limiar auditivo, podendo ser tratada com a reversão do quadro audiológico para limiares auditivos normais. A perda auditiva permanente é conhecida como alteração permanece do limiar auditivo.

Perda Auditiva Súbita
A perda auditiva pode ocorrer subitamente, e por isso é conhecida como perda auditiva súbita. Esse tipo de perda pode ocorrer da noite para o dia e ser acompanhada de zumbido e tontura. Quando isso ocorre é importante que seja feita a avaliação médica otorrinolaringologia com urgência, para que o tratamento seja precoce e eficaz.

Grau da Perda Auditiva e suas Consequências
O grau da perda de audição também pode variar, sendo classificado como leve, moderado, severo e profundo.
O comprometimento que o indivíduo terá em função do problema auditivo, e consequentemente no seu desenvolvimento, dependerá da época em que o problema ocorreu, do local da lesão e do grau da perda auditiva.
Quando o comprometimento auditivo é congênito, tem graves conseqüências no processo de aquisição de fala e linguagem, na aprendizagem, na escolaridade e profissionalização do indivíduo.
Em crianças pequenas, a maturação do sistema nervoso auditivo central não está completa e os efeitos da falta de audição podem ter grandes conseqüências.
Quando ocorre tardiamente, na idade adulta, gera a quebra da comunicação em função do isolamento parcial ou quase completo do mundo sonoro, consequentemente traz problemas sociais, profissionais, emocionais e familiares.
O paciente portador de deficiência auditiva pode também ter uma perda adicional da função auditiva com o tempo, se não for tratado precocemente, tornando-se assim mais debilitado para se comunicar.
Quanto maior for o tempo de existência da perda auditivo e mais prolongado o tempo de privação sensorial, maior será em potencial a possibilidade de ocorrência de modificações do sistema auditivo nervoso central.
Uma das formas primárias de tratamento da perda auditiva é a seleção e a captação de próteses auditivas, as quais fornecerão ao indivíduo justamente a possibilidade de receber estimulação auditiva pela ampliação sonora que provê.
A rápida seleção e adaptação dos aparelhos auditivos, é, portanto, essencial dentro do processo de habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência auditiva, já que minimiza a possibilidade de deteriorização das estruturas auditivas centrais.

Do diagnóstico ao tratamento
Quando existe a suspeita de qualquer tipo de dificuldade auditiva, a conduta indicada é a procura de um médico otorrinolaringologista, o qual realizará avaliação clínica completa iniciará o paciente à avaliação audiológica clínica para diagnóstico da perda auditiva.
Outros exames complementares poderão ser indicados para a investigação das causas do problema auditivo.
O tratamento indicado é também de responsabilidade do médico otorrinolaringologista, que decidirá pelo uso de medicamentos, indicação cirúrgica ou uso de prótese auditiva, dependendo do tipo e causa do problema.
Dessa forma é imprescindível o atendimento médico prévio e seu encaminhamento para o teste e adaptação da prótese auditiva.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.